A dificuldade em atingir o orgasmo é uma queixa muito comum aqui no consultório, e que devemos discutir ainda mais.
Cada pessoa possui diferentes experiências, desejos sexuais e expectativas no sexo.
Vou listar algumas situações práticas:
• Você gostaria que a pessoa beijasse mais você na boca, apertasse os mamilos ou colocasse a mão mais diretamente no clitóris. Mas a pessoa só pensa na penetração. Não toca outras partes do seu corpo, não te olha no olho, é só “meteção”.
• Você gostaria que a pessoa mudasse de posição; te colocasse por cima, em pé, sentada, mas a pessoa só goza em uma determinada posição. Ou, você gostaria de ser pega de surpresa no banheiro, no sofá, na cozinha, mas a outra só gosta de transar na cama.
• Você gostaria de receber elogio (não só corpo físico, mas de repente do quanto você é especial), mas a pessoa não fala ou critica.
• Você compra uns brinquedos, sugere um motel ou saírem para se divertirem, mas a pessoa não curte nada diferente. E quando você fala, ainda fica com cara feia porque ouve como crítica.
• Você se preocupa sempre em agradar, a fazer o que a outra pessoa gosta, mas esquece de você. O foco no outro, principalmente em desempenhar bem, faz você ter ansiedade e aí, já era.
• Se você é sempre cobrada em gozar junto, rápido, ou no tempo certo, a preocupação boicota toda a leveza e a fluidez.
• Se você não se sente desejada e sim como um objeto; se seu relacionamento está desgastado; se existe raiva, tristeza e decepção, o prazer sexual pode não vir mesmo.
Não existe uma única maneira de chegar ao orgasmo, ou sempre ter que atingir no mesmo momento durante a relação.
Vale lembrar que não existe uma “mágica” ao redor do pênis. Sexo não é só penetração. Pessoas com vagina não precisam de pênis para gozar. A maioria tem prazer com estímulo no clitóris mesmo.
Conversar com a parceria sobre isso também é muito válido, já que a troca permite que vocês compartilhem o que pode ajudar ou dificultar esse momento.