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A relação sexual envolve muito mais do que penetração vaginal, certo? Sim. Mas quando uma mulher gostaria de passar pela experiência de ter uma penetração vaginal e não consegue, muitas vezes causa angústia e sofrimento. Não ter penetração vaginal porque não gosta ou porque não quer é uma situação diferente de não ter penetração porque não consegue, apesar de ter vontade.

A sensação descrita pela mulher é como se houvesse uma barreira, um osso ou como se não existisse o “buraco”. O pênis, o dedo, ou qualquer objeto simplesmente não entra na vagina. Pode acontecer na primeira tentativa de penetração ou até mesmo após um período em que a penetração acontecia e por algum motivo, passa a ser uma missão quase impossível.

Muitas vezes a mulher refere que sente dor, ardência ou algum incômodo que impede esse contato mais íntimo. Outras vezes, o medo de sentir dor é tão grande, que nem o toque ou uma aproximação é confortável. A musculatura da região que envolve a vagina e que é responsável pelo assoalho pélvico se contrai fechando o canal vaginal. Essa situação recebe o nome de vaginismo ou de transtorno de dor genito-pélvica, mas na prática se traduz como dor sexual.

Existem muitos fatores que podem levar uma mulher a evitar a penetração. Geralmente, não existe uma causa única. Devem ser afastados problemas orgânicos ou físicos, com avaliação ginecológica, mas também se deve olhar para fatores psicológicos, que envolvem cultura, religião, educação, expectativas sobre sexo versus afeto e toda a história de vida.

As mulheres que querem ter penetração e não conseguem devem procurar ajuda porque tem como melhorar. É muito mais comum do que se imagina. No entanto, essa dificuldade não impede a mulher de ter preliminares, de ter desejo sexual, de se sentir excitada e ter prazer. Não significa que não gostam de sexo. Por isso, muitas vezes conseguem manter relacionamentos com seus parceiros ou parceiras por muito tempo.

Uma vez que não se identifica uma causa única, o tratamento deve cercar todos os fatores associados. Por isso, uma equipe multidisciplinar é importante. O trabalho de consciência da musculatura perineal e da anatomia que a fisioterapia faz é essencial, assim como o entendimento da estrutura psíquica também.