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A menopausa é uma fase em que a mulher deixa de produzir os hormônios sexuais femininos. Os sintomas característicos da menopausa podem ser sentidos quando a menstruação começa a falhar ou ter intervalos mais longos. Apenas se considera menopausa quando a mulher leva um ano completo sem apresentar sangramento genital.

Na transição para a menopausa (quando as menstruações começam a ficar irregulares) e na posmenopausa (após 12 meses sem menstruação), os sintomas menopausais ou climatéricos podem mudar a qualidade de vida da mulher. Os primeiros sintomas são os fogachos, ou ondas de calor, que causam transpiração excessiva, rubor facial, irritabilidade e por vezes, ao mesmo tempo que se sente o “calor”, se sente “o frio”.  Quando esses fogachos ocorrem à noite, fazem a mulher acordar várias vezes e perder o sono reparador. A vida sexual e a dinâmica de dormir ao lado de outra pessoa na mesma cama também sofrem com esses “calorões”.

Geralmente, os fogachos são mais evidentes nos primeiros cinco anos após a menopausa e vão melhorando com o passar dos anos. Outros sintomas comuns associados são palpitações, formigamento (ou parestesias), dores articulares, dores musculares, melancolia e insônia. Quando os sintomas são muito fortes, às vezes, simulam e confundem o diagnóstico de outras doenças, como o infarto agudo do miocárdio.

Os sintomas urogenitais também são comuns e estes vão piorando com o avançar da idade e do tempo de menopausa. Principalmente a atrofia genital, que envolve secura vaginal, ardência, sensação de irritação, de “pinicar” e de coçar a região vaginal. Estes sintomas podem estar associadas a urgência miccional e corrimento vaginal recorrente. Todas essas mudanças na saúde vaginal também podem interferir na vida sexual, com dor durante ou após a penetração, causando até sangramento.

Na menopausa, a mulher pode apresentar uma diminuição da disposição para o sexo, diminuição do desejo sexual espontâneo e pouca lubrificação. Além do contexto de mudança da imagem corporal e da associação da menopausa com envelhecimento influenciarem a dinâmica sexual.

A indicação de terapia hormonal é clínica, principalmente quando os sintomas dos fogachos afetam a qualidade de vida da mulher, quando são severos (mais de 15 ondas de calor por dia). O melhor momento para se beneficiar da reposição hormonal é no início da menopausa, nestes primeiros cinco anos de sintomas mais presentes.

Outra indicação de reposição hormonal são as queixas urogenitais, principalmente, quando há recorrência de infecções urinárias e vaginais e quando compromete a vida sexual da mulher. Nestes casos, a via mais indicada para repor o hormônio é a vaginal.

Os sintomas menopausais não são vivenciados por todas as mulheres. Aquelas que mantém uma atividade física regular e um estilo de vida com alimentação e hábitos mais saudáveis geralmente percebem menos os sintomas.

Importante salientar que a reposição hormonal deve ser sempre sob vigilância médica, porque apesar de ter indicação em alguns casos, nem sempre pode ser feita. Por isso, é essencial o acompanhamento ginecológico e fazer exames para avaliar se tem alguma contra-indicação que limite o uso de hormônios.