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Alguns estudos científicos que utilizaram o laser vaginal aplicaram um questionário que avalia a função sexual feminina (FSFI – Index Female Sexual Function). Muitos destes estudos mostraram que de uma forma geral, houve uma melhora na reposta deste questionário nos campos de desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor sexual. Nestas pesquisas, o objetivo principal, entretanto, não era avaliar a resposta sexual. Na maioria deles, o foco de pesquisa era a resposta do laser no tratamento de atrofia genital, sintomas geniturinários na mulher na menopausa, incontinência urinária e flacidez vaginal.


Quando a mulher está na menopausa, os sintomas de atrofia genital e sintomas geniturinários atrapalham a atividade sexual. A vagina fica com a mucosa mais fina, tem sensação de ardência, secura vaginal, coceira, urgência miccional (quando não consegue segurar o xixi) e dor na relação sexual. Estas mudanças são causadas pela falta de estrogênio. Outra situação que incomoda no ato sexual, e pode acontecer em qualquer idade, é a mulher sentir que a vagina está frouxa ou larga, diminuindo a sensação de preenchimento com a penetração. A diminuição do colágeno e elastina nos tecidos vaginais e na musculatura pélvica ocorre com a idade e também pode ocorrer após gravidez e parto.


Em mulheres que perderam muito peso (após cirurgia bariátrica, por exemplo) e com o avançar da idade, ocorre uma perda de consistência nos grandes lábios, deixando o aspecto de flacidez na vulva. Esta imagem da vulva com os grandes lábios murchos pode afetar a auto- estima da mulher e deixá-la insegura na hora do sexo. 
A justificativa para o uso do laser no tecido vaginal é que o aquecimento aumenta a produção de colágeno, elastina e fibroblastos, além de estimular a vascularização e a chegada de sangue (com oxigênio e outros nutrientes) para a região de grandes lábios, pequenos lábios, monte pubiano, clitóris e períneo.


Na prática, as mulheres após aplicação do laser, ganham auto-estima, referem melhora da lubrificação vaginal, da dor na relação sexual e sentem a região do clitóris mais sensível ao toque, o que pode facilitar atingir o orgasmo. Estas respostas podem melhorar a satisfação sexual. 
Mas, é importante lembrar que os estudos científicos com laser vaginal, até o momento, são com um número pequeno de mulheres, geralmente não comparam o laser com outros tratamentos convencionais (como reposição hormonal e fisioterapia pélvica) e são por um curto tempo de acompanhamento. A resposta sexual não é ainda avaliada de forma específica com o uso do laser.


A função sexual feminina depende de muitos fatores: dinâmica de relacionamento, crenças sobre sexo, religião, cultura, bem-estar físico e emocional, uso de medicações e muitos outros. Não podemos nos limitar a pensar em melhorar apenas o aspecto físico. 
Não se tem um tratamento “mágico” para ter uma vida sexual mais satisfatória. O acompanhamento multiprofissional, com psicólogo, fisioterapeuta e ginecologista é a melhor forma de cuidar da sexualidade. A indicação do laser e o que se pode esperar do tratamento deve ser discutido com o ginecologista, que deve individualizar cada caso e tomar a decisão em conjunto com a paciente.