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Não é novidade “polêmicas” na Medicina. Sempre vai existir pontos contra e a favor. Não sou adepta a extremismos, então vou colocar a minha visão dos dois lados.

A briga envolve questões financeiras. A cobrança sobre a indústria farmacêutica para produzir medicamentos é maior do que a das farmácias de manipulação. A indústria precisa fazer estudos clínicos para produzir e comercializar. A farmácia de manipulação não. Mas não é por isso que as farmácias de manipulação não passem por vigilância e regras também!

A manipulação permite variação de doses que os remédios da farmácia não têm. O que pode ser bom e ao mesmo tempo não. Porque é aqui que ocorrem os excessos de doses.

Existem hormônios bem consagrados, como estradiol e testosterona. Nosso corpo produz esses hormônios. Mas a gestrinona não. A gestrinona não é para reposição e sim tratamento (endometriose, por exemplo). O que acontece é um mau uso buscando efeitos estéticos, por isso o apelido infeliz “chip da beleza”. A dúvida é a dose, tempo de uso e segurança sobre os efeitos colaterais. Risco de aumento de colesterol, pressão arterial, alteração de voz…

A frase mais ouvida nos últimos dias: não tem estudo! Eu já fiz pesquisa tipo ensaio clínico e sei como na prática é extremamente burocrático e trabalhoso. São muitas exigências éticas e critérios de inclusão e exclusão de voluntários. Por isso, é o tipo de estudo científico com mais respaldo. Estudo de observação ou de relato de caso não trazem muitas respostas. Mas quem paga para realizarmos ensaios clínicos? São caros!

Se os implantes são usados desde 1960, por que ainda são colocados em dúvida? Houve falta de interesse em se investir nesses estudos?

O custo para se prescrever e usar implantes é alto. Não é uma realidade para todo mundo. As mulheres na menopausa não precisam achar que estão ficando para trás. Porque a forma “tradicional” é eficaz e segura para melhorar os sintomas. Não concordo que os implantes são mais seguros e a primeira escolha! Como ficariam as mulheres no SUS, por exemplo?
Temos hormônios “bioidênticos” nas prateleiras das farmácias. Não é essa a “defesa” para uso dos implantes.

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