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O dispositivo intrauterino (DIU) com ou sem hormônio que é colocado dentro do útero, tem forma, tamanho e estrutura bem semelhantes entre si. A técnica para inserir os DIUs também é praticamente igual. O que vai mudar então? É exatamente a presença ou não do hormônio.

De uma forma bem geral, os DIUs hormonal ou não hormonal são boas opções para quem não quer tomar hormônio via oral (pela boca), para quem esquece de tomar a pílula todo dia e para a mulher que deseja uma contracepção a longo prazo.


DIU não hormonal

O DIU sem hormônio não vai interferir no ciclo menstrual propriamente dito. Não causa alterações hormonais e não controla os sintomas associados à menstruação, como: TPM (tensão pré-menstrual), alteração do humor, presença de acne, cólicas menstruais, dores nas mamas ou outros desconfortos, como dor nas costas e nas pernas. Por outro lado, não haverá aumento dos riscos de trombose, de alteração nos fatores de circulação, retenção líquida ou alteração do estado de humor.

O DIU não hormonal previne a fertilização reduzindo o numero e a viabilidade dos espermatozoides que chegam à trompa, onde se encontra o óvulo; e diminuem a movimentação dos óvulos, dificultando que este caminhe ao encontro do espermatozoide e do útero.

O DIU não hormonal quando revestido por cobre pode ter duração de cinco a  dez anos. 

A taxa de falha em alguns estudos é em torno de 0,6% com o uso correto do DIU não hormonal.


DIU hormonal

O DIU hormonal é composto de Levonorgestrel 52mg (progesterona), que é liberado aos poucos ao longo dos cinco anos, sendo este o tempo de duração. O hormônio modifica a consistência do muco cervical e deixa a camada de dentro do útero (endométrio) imprópria para segurar o óvulo, impedindo assim a implantação do óvulo e a gravidez. A presença deste hormônio pode interferir no ciclo menstrual, diminuindo a quantidade de fluxo e em alguns casos, parando a menstruação. O que para muitas mulheres que sofrem com sangramentos intensos e cólicas menstruais pode ser uma boa opção. Por outro lado, podem surgir incômodos causados pela presença da progesterona, como dores nas mamas, sangramentos em pequena quantidade (spotting), retenção de liquido, alteração do humor e acne.

A taxa de falha em alguns estudos é em torno de 0,2% com o DIU hormonal, sendo então a eficácia um pouco maior com o uso do DIU hormonal.


Como se coloca o DIU no útero?

A colocação dos DIUs hormonal ou não hormonal pode ser realizada no consultório ou sob anestesia em ambiente hospitalar. A retirada também pode ser realizada de ambas as formas. A qualquer momento que a mulher deseje parar com o método ou tentar engravidar, podem ser removidos (mesmo antes do tempo de duração).

A mulher só deve se considerar protegida após o médico se assegurar que o dispositivo está dentro do útero corretamente, através da ultrassonografia transvaginal.

Importante lembrar que o DIU (hormonal ou não hormonal) não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (IST). Sendo assim, o uso de preservativos masculino ou feminino é essencial (métodos de barreira).


Qual o melhor método contraceptivo?

A decisão por qual método contraceptivo e qual a melhor opção deve ser sempre individualizada, considerando a expectativa de cada mulher. A escolha deve ser em conjunto ginecologista e paciente, colocando na balança riscos e benefícios de cada método e o dia a dia da mulher, o que ela espera para seu corpo, sua pele, seu bem-estar, sua vida sexual, atividade física e tudo mais. 

Um resumo com algumas diferenças dentre outras:

Carga hormonal:
DIU de Cobre: não tem
Mirena: Levonorgestrel (progesterona), liberada em torno de 20mcg/dia

Risco de engravidar:
DIU de Cobre: 6 mulheres a cada 1.000
Mirena: 2 mulheres a cada 1.000

Efeitos colaterais:
DIU de Cobre: aumento do fluxo menstrual e chances de cólica 
Mirena: suspensão do fluxo menstrual e retenção de líquido

Vantagens:
DIU de Cobre: mais barato, pode ser usado por mais tempo e não tem muitas contra-indicações (por exemplo pode ser usado em mulheres que tiveram câncer de mama)
Mirena: controle melhor do fluxo menstrual (por exemplo na fase pré menopausa) e controle de cólica (por exemplo na endometriose)

Contra-indicações:
DIU de Cobre: alergia a cobre 
Mirena: câncer de mama 

Tempo de duração:
DIU de Cobre: 5 a 10 anos
Mirena: 5 anos