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Neste mês de “Outubro Rosa”, se faz toda uma discussão e um alerta sobre o câncer de mama. O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve no tecido glandular ou nos ductos mamários em conseqüência a uma proliferação desordenada e acelerada de células doentes geneticamente. É o câncer que mais acomete mulheres no mundo. Mas também acontece em homens, só que numa proporção de 1 homem para cada 100 mulheres.

O câncer de mama é mais diagnosticado na faixa etária dos 50 anos de idade. São esperados em média de 58.000 mil casos novos de câncer de mama entre 2018 e 2019 no Brasil, pelos dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Fatores de risco

Existem muitos fatores de risco já sabidamente correlacionados com o câncer de mama. Alguns destes envolvem hábitos de vida. Sedentarismo (não fazer atividade física), consumo de bebida alcoólica, obesidade e sobrepeso (principalmente após a menopausa), exposição freqüente a radiações ionizantes (raio-X) são fatores de risco ambientais e comportamentais associados ao câncer de mama.

Outros fatores de risco envolvem a história hormonal e reprodutiva, como primeira menstruação antes de 12 anos de idade, não ter filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não amamentar (ou amamentar por menos de 6 meses), parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos e fazer reposição hormonal após a menopausa por mais de cinco anos.

Já os fatores genéticos e hereditários como história familiar de câncer de ovário, de câncer de mama (principalmente antes dos 50 anos) e história de câncer de mama em homens são independentes e não modificáveis.

Prevenção e auto-exame

A prevenção do câncer de mama começa com a mulher conhecendo o próprio corpo e a história de saúde da sua família. O auto-exame das mamas deveria ser ensinando às meninas quando começassem a menstruar. É simples. A mulher deve se posicionar na frente do espelho e olhar suas mamas, se estão do mesmo tamanho, se tem alguma alteração na pele (ferida, vermelhidão, área enrugada), como estão os mamilos (se estão invertidos, se tem liquido ou sangue saindo do mamilo, se tem machucado que demora de cicatrizar). Depois deste primeiro olhar, a mulher deve dobrar o braço atrás da cabeça e palpar a mama que está do mesmo lado, procurando deslizar os dedos por toda a mama até a região axilar (onde estão os linfonodos, que são as “ínguas” que drenam a mama). Nesta palpação deve-se procurar por caroço, por área endurecida, por sinais de inflamação ou dor. Lembrar de palpar as duas mamas. O auto-exame deve ser feito todo mês, de preferência entre o terceiro e quinto dia após a menstruação (quando as mamas estão menos inchadas). Se já estiver na menopausa, pode fixar uma data no mês e repetir todo mês na mesma data.

O auto-exame não exclui a necessidade de realizar a mamografia de rastreamento para prevenção do câncer de mama. O exame deve ser feito a partir dos 40 anos. A mulher só deve fazer antes se tiver história familiar de primeiro grau (começar a fazer 10 anos antes da idade que o parente fez o diagnóstico do câncer). Lembrar que em algumas situações a ultrassonografia e a ressonância das mamas também são necessárias para complementar a investigação. Importante chamar atenção que durante o exame de mamografia existe exposição a radiação. Por isso, se discute se o ideal seria repetir o exame a cada ano ou a cada dois anos, levando em consideração os fatores de risco.

A prevenção e o diagnóstico precoce de câncer de mama são fundamentais para um tratamento mais eficaz. A mulher não pode ter medo de se tocar, de investigar. Lembrar que realizar o auto-exame e os exames de rastreamento não substitui a consulta ginecológica anual. O câncer de mama tem cura.

Olhando para todos os fatores de risco relacionados acima, quais aqueles que poderiam ser evitados no dia a dia? A prevenção começa aqui. Iniciar atividade física, manter o peso dentro do ideal, diminuir o nível de estresse, se alimentar bem (principalmente hortaliças verdes), evitar o consumo de álcool e cigarro são as orientações que todos os profissionais de saúde devem passar. Enquanto não se pode mudar a genética, a mudança de comportamento e de estilo de vida cabe a cada um.