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Quando os músculos ao redor da vagina (músculos do assoalho pélvico) ficam flácidos, a mulher pode se queixar de alteração na aparência da região genital e de perda urinária (principalmente aos esforços), ter sensações de que a vagina está larga ou frouxa (com menos sensibilidade para sentir o preenchimento com a penetração) e de ouvir um barulho como se soltasse gás “pela frente” durante o ato sexual. Mas o termo “vagina larga” deve ser lido com cuidado.

Ao redor do canal vaginal está toda a musculatura do assoalho pélvico, que são músculos responsáveis desde o controle do trato urinário até o ânus, formando uma rede de sustentação para os órgãos pélvicos (útero, bexiga e intestino).

Como qualquer outro músculo do corpo, os músculos ao redor da vagina perdem elasticidade com o envelhecimento. Mas outros fatores interferem na qualidade e funcionalidade desta musculatura, como constituição genética e hábitos de vida, alimentação (e peso corporal) e exercício físico.

Um dos grandes medos do parto normal é ficar com a vagina larga depois do parto. Esses músculos já receberão a carga de peso do bebê e destes órgãos durante a gravidez, independentemente da via de parto. Durante o parto, a vagina precisa aumentar o seu diâmetro para a passagem do bebê. O diâmetro do canal vaginal é em média 2,5 a 3,5 cm e o diâmetro médio da cabeça do bebê entre 10-11 cm. O músculo que envolve a vagina tem exatamente esta capacidade de se alongar e retornar ao normal.

A via de parto vaginal não altera este funcionamento do músculo de se esticar e voltar. Mas a qualidade do músculo é um fator relevante. Por isso, existe um estímulo para se fazer exercícios pélvicos durante a gravidez para fortalecer e dar consciência para esta musculatura de como ela deve funcionar no momento da expulsão do bebê. O ideal é que seja sob orientação com fisioterapeuta. E no momento da assistência ao parto vaginal, deve-se intervir o menos possível, evitando episiotomia (corte na pele e músculo para fazer o bebê nascer). Quanto maior o número de partos normais, mais vezes a capacidade elástica dos músculos é solicitada. É mais comum a queixa de “vagina frouxa” nestes casos.

Existe um pensamento cultural de que a mulher pode ficar com a vagina larga se tiver muitas relações sexuais e com muitos parceiros diferentes. Aquela mulher com a vagina mais apertada teria “a usado menos”. É comum a mulher procurar ajuda por ouvir queixas do marido de que a sua vagina está folgada, com sentimento de vergonha e baixa autoestima. A vagina tem a capacidade de se ajustar ao tamanho do pênis em ereção, que também é variável em tamanho e em grau de elevação. O número de relações sexuais e número de parceiros não interferem da largura do canal vaginal.

A mulher não deve esquecer que a postura ao urinar e ao eliminar as fezes, assim como o esforço na hora das dejeções (quando o intestino é muito preguiçoso e as fezes muito ressecadas) também interferem ao longo da vida na qualidade desta musculatura. Por isso, um cuidado maior com a regularidade do intestino e alimentação são importantes.

A fisioterapia pélvica é essencial para a prevenção da lesão dos músculos durante a gravidez-parto-pósparto e para corrigir a “frouxidão” dos músculos, principalmente quando há queixa de perda de urina ou fezes e queixas sexuais.

O laser de co² aplicado no canal vaginal ajuda a melhorar a qualidade do tecido, aumentando a produção de colágeno e estimulando a irrigação sanguínea na mucosa vaginal, melhorando o trofismo, a capacidade elástica e a funcionalidade. O laser de co² é realizado em consultório médico, sem anestesia. O número de sessões para a aplicação do laser deve ser avaliado em consulta. As pacientes com queixas de vagina folgada na relação sexual ou com perda leve de urina aos esforços podem perceber uma boa melhora e se beneficiar com o laser íntimo.

A avaliação com médico ginecologista é essencial para examinar a mucosa vaginal, definir se a musculatura está danificada ou não, se está funcionando ou não e qual o grau de comprometimento. O ginecologista vai verificar a força desta musculatura, a consciência que a mulher tem em “apertar” e “soltar” a vagina e se os músculos estão cumprindo o papel de sustentar os órgãos pélvicos.

Cada caso deve ser individualizado para se indicar o melhor tratamento, se fisioterapia pélvica, se laser vaginal ou se cirurgia (em casos graves de falha na sustentação dos órgãos pélvicos, ou seja, prolapso de bexiga, útero e intestino).